domingo, 20 de junho de 2010

PERFIL DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO

PERFIL DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO SOB A ÓTICA DOS TÉCNICOS DE ENFERMAGEM NA REGIÃO CRAJUBAR

1 INTRODUÇÃO

Na tentativa de se buscar um maior conhecimento sobre as relações existentes no trabalho do enfermeiro e equipe de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva - UTI e procurar conhecer a percepção do papel do enfermeiro sob os olhos dessa equipe fazem-se necessário conhecer a história desta profissão, a qual apresenta inúmeros estigmas e mudanças de comportamento no decorrer do tempo.
A atividade de cuidar em enfermagem é antiga, caracterizando-se sobre tudo pela promoção, manutenção e recuperação das necessidades básicas do individuo, em especial, quando este é atingido em sua integridade física e mental (PEDUZZI, 2002).
A prática do cuidar iniciou no período pré-cristão quando as doenças eram tidas como castigo de Deus ou resultavam do poder do demônio, por isso sacerdotes e feiticeiros prestavam serviços e exerciam o papel de enfermeiros e médicos (D’ANCORA, 2001).
Os egípcios praticavam o hipnotismo, a interpretação de sonhos e acreditavam na influência de algumas pessoas sobre a saúde de outras. Os hindus no século VI a.C. conheciam um pouco da anatomia humana e usavam alguns tipos de antídotos em caso de envenenamento. O desenvolvimento da enfermagem como ciência desenvolveu-se com o passar da história e a profissão vem ganhando espaço cada vez maior tanto no mercado de trabalho como nas instituições prestadoras de serviços a saúde. Por conta da evolução da profissão, o profissional enfermeiro procurou explorar campos específicos na área. Hoje, para além da enfermagem geral, existem ainda suas especialidades (GEOVANINI, 2005).
A prática do cuidar passou a ser profissão de enfermagem e teve início oficialmente na Inglaterra, no século XIX, com o trabalho de Florence Nightingale, que recrutou um grupo de mulheres para ajudarem nos cuidados e higiene de soldados feridos na guerra da Criméria (1845-1856) (D’ANCORA, 2001).
No Brasil, a precursora das práticas de enfermagem foi Ana Néri que durante a guerra do Paraguai (1864-1870) repetiu o feito de Florence disponibilizando-se e doando-se no cuidar dos soldados feridos (DUARTE, 2007).
Com a aproximação do século XXI, deparamo-nos com mudanças rápidas e complexas, descobertas de novas tecnologias e a sistematização da assistência de enfermagem (DUARTE, 2007).
Com a evolução da enfermagem, sentiu-se a necessidade de definir seu corpo de conhecimento próprio e fundamentar sua ação com base em conceitos e teorias que permitem a tomada de decisão relacionada aos aspectos da assistência de enfermagem.
A enfermagem foi dividida em partes para melhor assistir ao paciente em suas necessidades, criando classes de enfermagem, como auxiliares e técnicos de enfermagem, sendo esses responsáveis pelos procedimentos técnicos na assistência.
Com o passar dos tempos, foi desenvolvida especializações criando complexos para melhor atender ao paciente/cliente em cada patologia especifica, dentre elas, a de intensivista, onde o enfermeiro assiste pacientes/clientes em estado grave, mas recuperáveis em Unidade de Terapia Intensiva (LINO; SILVA, 2001).
A equipe de enfermagem é um corpo ligado em vários outros, tal equipe traz como líder o enfermeiro que se diferencia dos demais por possuir um grau de instrução e embasamento cientifico mais aprofundado, sendo o mesmo responsável pelo gerenciamento da assistência de enfermagem dos demais.
Inúmeras questões afetam o equilíbrio interno deste sistema e pode-se citar dentre elas: satisfação/motivação das pessoas que ali trabalham o relacionamento entre a equipe e o enfermeiro, a capacidade técnica - cientifica dos profissionais envolvidos, enfim, todos os elementos indispensáveis para a existência do trabalho em equipe.
Estes pontos podem interferir sobremaneira na atuação da equipe de enfermagem, pois o enfermeiro freqüentemente exerce posições de chefia ou coordenação, deixando muitas vezes de lado funções privativas e sobrecarregando o restante dos profissionais.
O enfermeiro ao exercer liderança, enfrenta desafios diários e vive numa luta constante para superar dificuldades e manter o ânimo forte.
Mas, em instituições hospitalares, o que se pode notar é que o enfermeiro deixou de ser assistencialista e passou a desempenhar apenas papel de gerente, talvez por conta da sobrecarga existente nas unidades hospitalares onde apenas um enfermeiro gerencia vários setores deixando a desejar o cuidado direto ao paciente.
A escolha do tema partiu da curiosidade de se descobrir se há satisfação por parte dos técnicos e auxiliares de enfermagem em relação as ações desenvolvidas pelo(a) enfermeiro(a) intensivista, depois de observar em uma dessas unidades de terapia intensiva a insatisfação por parte dos profissionais de nível médio, sentimos a necessidade de pesquisar em outras UTI’s.
Partindo desse pressuposto, faz-se importante conhecer o perfil do enfermeiro intensivista na região de Crato, Juazeiro e Barbalha - CRAJUBAR, que atua em unidade de terapia intensiva, sendo avaliado sob a ótica da equipe dos técnicos de enfermagem que exercem função nestas unidades.
Assim, o estudo tem como relevância desencadear uma reflexão de como está sendo realizada a assistência prestada por esses profissionais enfermeiros e o que pensa a equipe que ele gerencia acerca do seu trabalho.
Com a divulgação o estudo irá contribuir de forma direta na melhoria da assistência dos enfermeiros que estão em exercício da função.


2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

 Conhecer o perfil profissional do enfermeiro intensivista sob a ótica dos técnicos de enfermagem na região CRAJUBAR.


2.2 Objetivos específicos

 Traçar o perfil do profissional enfermeiro intensivista da região CRAJUBAR;

 Analisar o relacionamento interpessoal entre técnicos de enfermagem com o profissional enfermeiro;

 Avaliar o conhecimento dos técnicos de enfermagem em relação às funções de cada classe.




3 REVISÃO DE LITERATURA


3.1 Breve histórico


A enfermagem, enquanto profissão teve inicio na Inglaterra, no século XIX quando Florence Nightingale recrutou e treinou um grupo de mulheres para prestarem serviços no cuidado aos soldados feridos na guerra da Criméria (1854-1856). É importante ressaltar que a enfermagem ainda não tinha o embasamento cientifico que tem nos dias de hoje.
Os cuidados eram prestados em forma de higiene e limpeza de feridas, bem como do ambiente, pois Florence além de se preocupar com o paciente/cliente também observava o ambiente em que o mesmo estava. O tempo em que Florence atuou como enfermeira foi denominado período Florence Nightingale e a profissão então passou para a idade moderna.
Florence estendeu sua atenção desde a organização do trabalho, até os mais simples serviços como a limpeza do chão, com isso a mortalidade dos soldados assistidos por ela e suas enfermeiras decresceu. Os soldados fizeram dela o seu anjo da guarda e foi imortalizada como a “dama da lâmpada” porque de lanterna na mão, percorria as enfermarias, atendendo os doentes.
Daí o porquê do símbolo da enfermagem ser uma lamparina. Após a guerra, Florence fundou uma escola de enfermagem que passou a servir de modelo para as demais escolas. Com a fundação desta, ela criou o juramento de enfermagem que até os dias atuais continua sendo recitado em todas as partes do mundo:

“Juro, livre e solenemente, dedicar minha vida profissional a serviço da pessoa humana, exercendo a Enfermagem com consciência e dedicação; guardar sem desfalecimento os segredos que me forem confiados, respeitando a vida desde a concepção até a morte; não participar voluntariamente de atos que coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; manter e elevar as idéias de minha profissão. Obedecendo os preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestigio e suas tradições” (FLORENCE NIGHTINGALE, 1863).
Nessas primeiras escolas o médico foi de fato a única pessoa qualificada para ensinar. Assim a enfermagem surge não mais como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais constituindo-se como uma prática social institucionalizada e específica.
3.2 História da enfermagem brasileira
A organização da enfermagem brasileira surgiu no período colonial no final do século XIX. Ainda nesse período foi realizada a abertura das casas de misericórdia que tiveram origem em Portugal.
No que se diz respeito à saúde do povo brasileiro, merece destaque o padre José de Anchieta que não se limitou no ensino de ciências e catequese.
A terapêutica usada era à base de ervas medicinais. Na enfermagem brasileira do tempo do Império raros nomes se destacaram, entre eles merece menção especial Ana Néri.
Ana Néri foi precursora da enfermagem brasileira, durante a guerra do Paraguai depois que seu filho mais jovem ainda estudante de medicina ofereceu seus serviços em prol dos soldados ela não resistiu à separação familiar e escreveu ao presidente da província colocando-se a disposição de sua pátria.
Em campo, ela improvisou hospitais e não mediu esforços no atendimento aos feridos. Ana Néri rompeu com os preconceitos da época, que fazia da mulher prisioneira do lar.

3.3 Origem da unidade de terapia intensiva
Com o avanço dos procedimentos cirúrgicos, houve a necessidade de maiores cuidados aos pacientes/clientes durante o pós-operatório imediato, tais procedimentos levaram a necessidade da criação das Unidades de Terapia Intensiva. No início, o acompanhamento desses pacientes/clientes era realizado pelo médico cirurgião ou o anestesista.
As UTI’s foram criadas a partir da necessidade de atendimento do cliente cujo estado crítico exigia assistência e observação contínua de médicos e enfermeiros. Esta preocupação iniciou-se com Florence Nightingale, durante a guerra da Criméia no século XIX, que procurou selecionar indivíduos mais graves, acomodando-os de forma a favorecer o cuidado imediato (LINO; SILVA, 2001).
As UTI’s surgiram ainda, a partir da necessidade de aperfeiçoamento e concentração de recursos materiais e humanos para o atendimento a pacientes graves, em estado critico, mas tidos ainda como recuperáveis, e da necessidade de observação constante, centralizando os pacientes em um núcleo especializado (VILLA; ROSSI, 2002).
Com o passar do tempo foi atribuído ao enfermeiro e sua equipe a responsabilidade direta pela assistência e observação dos pacientes/clientes de alto risco. Aos poucos, foram surgindo unidades especiais para pacientes cirúrgicos, neurológicos, queimados, renais, cardíacos, entre outros (GOMES, 2003).
No Brasil, a implantação das unidades de terapia intensiva teve inicio na década de 70 e atualmente está presente dentro do contexto hospitalar.
As UTI´s são áreas hospitalares destinadas a pacientes/clientes em estado critico que necessitam de cuidados altamente complexos e controles estritos e que portanto, não necessitam somente de equipamentos especiais, mas também de uma atitude particular da equipe que ali trabalha.


3.4 O enfermeiro na unidade de terapia intensiva

O trabalho em UTI é complexo e intenso, devendo o profissional enfermeiro estar sempre pronto e preparado para a qualquer momento, atender pacientes com alterações hemodinâmicas importantes, as quais requerem conhecimento específico e grande habilidade para tomar decisões e implementá-las em tempo hábil. Desta forma, pode-se supor que o enfermeiro desempenha importante papel no âmbito da UTI, desta forma, o citado autor ressalta que o enfermeiro de UTI precisa estar capacitado a exercer atividades de maior complexidade, para as quais é necessária a autoconfiança respaldada no conhecimento científico para que este possa conduzir o atendimento do paciente com segurança. Para tal, o treinamento deste profissional é imprescindível para o alcance do resultado esperado (NISHIDE; CINTRA; NUNES, 2003).
A tecnologia pode ser copiada; assim, o grande diferencial no mercado competitivo são as pessoas. Desta forma o preparo adequado do profissional constitui um importante instrumento para o sucesso e a qualidade do cuidado prestado na UTI (GRATTON, 2000).
Pode-se dizer que o conhecimento necessário para um enfermeiro de UTI vai desde a administração e efeito das drogas até o funcionamento e adequação de aparelhos, atividades estas que integram as atividades rotineiras de um enfermeiro desta unidade e deve ser por ele dominado, o papel do enfermeiro na unidade de tratamento intensivo consiste em obter a história do paciente, fazer exame físico, executar tratamento, aconselhando e ensinando a manutenção da saúde e orientando os enfermos para uma continuidade do tratamento e medidas, além disso, compete ao enfermeiro da UTI à coordenação da equipe de enfermagem, sendo que isto não significa distribuir tarefas e sim o conhecimento de si mesmo e das individualidades de cada um dos componentes da equipe Amorim e Silverio (2003). Frente a estes apontamentos, é possível dizer que o enfermeiro desempenha funções cruciais dentro da unidade de terapia intensiva, no que se refere à coordenação e organização da equipe de enfermagem. O enfermeiro que atua nesta unidade necessita ter “conhecimento científico, prático e técnico, a fim de que possa tomar decisões rápidas e concretas, transmitindo segurança a toda equipe e principalmente diminuindo os riscos que ameaçam a vida do paciente” (LINO; SILVA, 2001).
Ao reportarmo-nos ao conjunto das atividades desenvolvidas pelos profissionais enfermeiros de uma UTI, podemos afirmar que apesar destes profissionais estarem envolvidos na prestação de cuidados diretos ao paciente, em muitos momentos existe uma sobrecarga das atividades administrativas em detrimento das atividades assistências e de ensino. Esta realidade vivenciada pelos enfermeiros vem ao encontro da literatura quando analisa a função administrativa do enfermeiro no contexto hospitalar e aborda que este profissional "tem se limitado a solucionar problemas de outros profissionais e a atender às expectativas da instituição hospitalar, relegando a plano secundário a concretização dos objetivos do seu próprio serviço” (GALVÃO; TREVIZAN; SAWADA, 2004).
Entende-se a necessidade dos enfermeiros repensarem a sua prática profissional, pois "quando o enfermeiro assume sua função primordial de coordenador da assistência de enfermagem, implementando-a por meio de esquema de planejamento, está garantido o desenvolvimento de suas atividades básicas (administrativas, assistências e de ensino) e promovendo, conseqüentemente, a melhor organização do trabalho da equipe, que passa a direcionar seus esforços em busca de um objetivo comum que é o de prestar assistência de qualidade, atendendo às reais necessidades apresentadas pelos pacientes sob seus cuidados”
(CHAVES, 2005).

3.5 Assistência e liderança da enfermagem

O cuidar é a essência da enfermagem, constituindo pilar profissional e foco central das ações gerenciais e assistenciais dos enfermeiros (RAVELLI, 2005). Com base na importância do cuidar na profissão de enfermagem, estruturam-se as discussões sobre o cuidado e suas dimensões, as quais, de certa forma, abrem espaço para a visibilidade da enfermeira como líder na prática do cuidar.
Com a aproximação do século XXI nos deparamos com mudanças rápidas e complexas e ao nos transportarmos para o cenário da enfermagem brasileira, no contexto hospitalar, pode-se notar que compete ao enfermeiro o gerenciamento da assistência de enfermagem prestada ao paciente/cliente, sendo sua ação direcionada para o desenvolvimento de atividades administrativa, “assistenciais”, educativas e de pesquisa com vista ao aprimoramento da prática profissional e nos estudos (TANAKA, 2007).
O enfermeiro desenvolveu uma gerência mais orientada para o desenvolvimento do serviço, para o cumprimento de regulamentos, normas e tarefas, reproduzindo o que é preconizado pela organização e por outros profissionais, como a equipe médica. Esta forma de gerenciar contribui muitas vezes para o não atendimento das necessidades do paciente e principalmente gera insatisfação nos membros da equipe de enfermagem que se sobrecarrega realizando procedimentos aos quais não estão habilitados a realizar por serem de ordem do enfermeiro (TANAKA, 2007).
Acredita-se que essa assistência deixa a desejar em virtude da grande carga de obrigações que o enfermeiro precisa realizar e ou ainda por gerenciar vários setores hospitalares ao mesmo tempo, em virtude da instituição não oferecer condições e mão-de-obra suficiente para o melhor desempenho de suas ações.
Isso quer dizer que para cada situação faz-se necessário um tipo de liderança, pois a situação faz o líder.
Na enfermagem brasileira, existe o reconhecimento da importância da liderança para o desenvolvimento do trabalho do enfermeiro em suas diferentes áreas de atuação conforme atestam os estudos de. Entretanto, na literatura nacional ocorre uma escassez de estudos que abordam a temática.
Em se falando de assistência e gerência, o enfermeiro precisa encontrar formas para atender ambas as partes conciliando e promovendo uma assistência de qualidade.
Com a evolução dos conceitos de saúde e cuidado, que passaram a adquirir definições amplas, fundamentadas principalmente no holismo e na verdadeira aproximação com o outro e com o mundo, o modelo administrativo e, conseqüentemente, de liderança em enfermagem, passou a ser efetivação de práticas, tanto assistenciais como gerenciais (KURCGANT, 2005).
Os estudos sobre a liderança no Brasil podem ser agrupados em abordagens que tiveram predomínio em momentos distintos. A abordagem que considerou as características do líder, seus traços e qualidades inatas, dominou até o final dos anos 40 do século XX. A perspectiva do estilo de liderança mudou o foco das características do líder para o seu comportamento e, portanto, para a perspectiva de seu treinamento, que teve importância até os anos 60, com ênfase na concepção do trabalho em equipe influenciada pela corrente humanista da Administração. Dos anos 60 ao início dos anos 80, predominou a abordagem contingencial, que colocou em lugar central os fatores situacionais, do contexto, para compreender a liderança (AZEVEDO, 2002).
Segundo uma perspectiva mais atual de liderança, o enfermeiro deve estar orientado para as possibilidades de desempenhar um novo papel de líder, mais orientado para o futuro, mais flexível, dinâmico e disposto a assumir riscos, em contraposição ao papel controlador, ditador de regras, normas e procedimentos (SIMÕES, 2003).
Cabe ao enfermeiro desenvolver características que o tornem um líder, agir com equidade, eficiência e eficácia para implantar novos modelos de atenção e gerenciamento que provoquem mudanças positivas na assistência (LOURENÇO, 2001).
Ressalta-se que cada membro da equipe deve ter consciência da relevância de seu trabalho e que o enfermeiro líder saiba evidenciar essa relação. A marca da liderança moderna é o fortalecimento do grupo de trabalho, evidenciando e valorizando as competências individuais, diluindo o poder na equipe (SIMÕES, 2003).
No âmbito conceitual, entende-se por liderança a ação de influenciar pessoas e comportamentos, ligada a um processo de grupo e/ou de equipe em que se tem um objetivo a atingir (LOURENÇO, 2005).
Nesse sentido, a liderança pode favorecer a criação e implementação de ações alternativas para garantir a eficiência do serviço de enfermagem e, para tal, faz-se necessário que o enfermeiro se atualize e promova além de seu crescimento pessoal e profissional, o da equipe, salientando-se que além do conhecimento prático é importante que o mesmo desenvolva conhecimento teórico como forma de garantir sua capacitação profissional (LOURENÇO, 2005).
A liderança tem sido necessário em todas as atividades do enfermeiro, principalmente quando o profissional tem o interesse de exercer com competência o seu trabalho, onde muitas vezes tem se encontrado dividido entre o desempenho de atividades assistenciais ao cuidado direto ao paciente, ou então assumindo a função administrativa que envolve a interação com o pessoal de enfermagem (KURCGANT, 2005).
Diante de vários estilos de liderança na enfermagem observa-se que não há um único estilo de liderança que seja incorporado pelo líder previamente sem conhecer as características pessoais de seus liderados, dessa forma uma liderança eficaz, demanda primeiro conhecimento por parte do líder da situação administrativa do ambiente de trabalho assim como das virtudes e dificuldades enfrentadas por seus liderados (BALSANELLI, 2006).
A liderança pode ser considerada um processo de influência que o indivíduo utiliza sobre o outro, para o alcance dos objetivos numa determinada situação. É através da liderança que o enfermeiro tenta conciliar as metas da organização com a do grupo de enfermagem, geralmente envolve o conceito de poder e autoridade, abrangendo todas as maneiras pelas quais se introduzem mudanças no comportamento de pessoas ou de um grupo de pessoas. Mas quanto esta forma de influência é negativa ela pode levar os liderados a questionarem o poder do enfermeiro dentro da equipe de enfermagem (BALSANELI, 2006).

3.6 Tipos de lideranças

3.6.1 Liderança autocrática

Favorece a centralização do poder, promovendo um comportamento dependente e submisso aos membros do grupo, com sentimentos de tensão, frustração e sobre tudo apresenta manifestação de conflito entre membros da equipe. O trabalho somente se desenvolve com a presença física dos líderes, tendo a qualidade do serviço realizado inferior, mas produzindo em grande quantidade, sendo superior aos grupos de liderança democrática (WEBBER, 2005).

3.6.2 Liderança democrática

A autonomia do grupo para decidir e implementar estratégias para resolução dos problemas, para atingir metas, deixando o caráter do líder intervir apenas quando o grupo solicita e necessita de orientações técnicas aconselhamento. A liderança democrática apresenta maior qualidade no serviço prestado, mas com menor quantidade de serviços (CHIAVENATO, 2000).
Segundo Kurcgant (2005), a grande desvantagem do estilo democrático e que a descentralização do poder influência a independência e o descomprometimento dos membros do grupo com os objetivos e medas da organização, ameaçando principalmente os líderes inseguros, cuja competência profissional e desqualificada seja vítima das críticas de seus subordinados. Diante das dificuldades enfrentadas no trabalho questionam a liderança da enfermagem, muitas vezes, quando solicitando o desempenho duplo papel de supervisor ou coordenador do cuidar, não realizando nenhuma das funções com qualidade (KURCGANT, 2005).

3.6.3 Liderança situacional

Para o estilo de liderança situacional, parte a convicção que não há um único estilo ou característica de liderança válida para toda e qualquer situação, cada uma requer um estilo de liderança diferente para alcançar a eficácia no trabalho e promover o desempenho satisfatório dos subordinados. Além de oferecer ao líder a possibilidade de se ajustar a um grupo com características diferentes as suas convicções (SILVA, 2007).
Em uma equipe de enfermagem há pessoas com diferentes personalidades e de nível técnico variados, onde o enfermeiro tem que ter uma “visão” de grupo, ou seja, perceber em cada membro da equipe suas habilidades técnicas e ao mesmo tempo a superação de suas dificuldades, em meio a uma inter-relação entre a qualidade da orientação do líder que dedica um tempo determinado a explicar os deveres e responsabilidades de uma pessoa ou de todo grupo (WEBBER, 2005).
Ainda segundo Webber (2005), é necessário que o enfermeiro tenha boa avaliação da maturidade de seus subordinados sendo a capacidade e a disposição de cada indivíduo do grupo assumir a responsabilidade do controle do seu próprio comportamento, visto que é subdividido em maturidade de trabalho, que esta relacionado com a capacidade de executar tarefas devido a disponibilidade do conhecimento e capacidade técnica e maturidade psicológica que refere-se a disponibilidade e motivação no cumprimento e atividade estabelecida.

3.7 Sistematização da assistência de enfermagem

O Processo de Enfermagem - PE é a dinâmica das ações sistematizadas e inter-relacionadas, que viabiliza a organização da assistência de enfermagem. Representa uma abordagem de enfermagem ética e humanizada, dirigida à resolução de problemas, atendendo às necessidades de cuidados de saúde e de enfermagem de uma pessoa. No Brasil é uma atividade regulamentada pela Lei do Exercício Profissional da Enfermagem, constituindo, portanto, uma ferramenta de trabalho do enfermeiro. Na literatura, podemos encontrar outras denominações para o PE e, entre elas, Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE (DUARTE, 2007).
Diferentes autores apresentam diversas etapas do PE, no entanto, as comuns entre eles são: histórico, diagnóstico, planejamento, implementação e evolução. Além disso, os conceitos empregados para definir a dinâmica do cuidado variam de acordo com o modelo teórico adotado por cada um dos autores para o desenvolvimento da prática de enfermagem (SMELTZER, 2005).
Ao longo dos anos identificamos mudanças nas ações do enfermeiro em função das necessidades dos serviços de saúde, determinadas por suas políticas, com o afastamento gradativo desse profissional em relação ao cuidado direto ao paciente, e sua inserção gradativa nas atividades de gerenciamento do cuidado e da unidade no cotidiano do trabalho. Assim, o cuidado direto passa a ser desempenhado mais freqüentemente pelas demais categorias de enfermagem (PEDUZZI; PERES, 2002).
Apesar de haver diversidade de funções previstas em lei (Conselho Regional de Enfermagem – COREN, decreto 94.406 de 08 de junho de 1999), no que se refere à complexidade da assistência a ser prestada, na prática, constata-se que apenas o enfermeiro possui atribuições diferenciadas.
De maneira geral, as atribuições específicas do enfermeiro, e que o diferenciam, são funções administrativas e de supervisão da assistência.
Mesmo os cuidados mais complexos, prescritos por lei, geralmente não são prestado por eles. Em muitas situações o enfermeiro assume majoritariamente atividades burocrático-gerenciais enquanto os auxiliares e técnicos de enfermagem prestam a assistência ao paciente (GOMES, 2003).

“A enfermagem Vem acumulando no decorrer de sua história, juntamente com conhecimento empírico, teórico, o conhecimento cientifico, ao executar suas atividades baseadas não somente em normas disciplinares, mas também em rotinas repetidas da sua atuação” (ALENCAR, 2004 p. 133).

Com a afirmação da enfermagem como ciência, as modificações da clientela, da organização do avanço tecnológico e dos próprios profissionais de enfermagem, a prática da profissão deixa de ser mecânica (GOMES, 2003).

4 CAMINHOS METODOLÓGICOS

4.1 Tipo de pesquisa

A pesquisa quantitativa é um método de pesquisa social que utiliza técnicas estatísticas. Normalmente implica a construção de inquéritos por questionário. Normalmente são contactadas muitas pessoas.
“Com este tipo de estudo, tenta-se compreender um problema da perspectiva dos sujeitos que vivenciam, ou seja, parte da sua diária, sua satisfação, desapontamentos, surpresas e outras emoções sentimentos e desejos, assim na perspectiva do próprio pesquisador” (LEOPARDI, 2002 pag. 111).


Berelson in D’Ancora (2001) define metodologia quantitativa como a “descrição objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto da comunicação”.
Segundo Bauer e Gaskell (2003), a pesquisa quantitativa por lidar com números, usa modelos estatísticos no intuito de melhor explicar os dados conseguidos pelo pesquisador e é considerada pesquisa hard.
Goldemberg (2002) diz que o método quantitativo é a simplifica a vida social limitando-se aos fenômenos que podem ser anunciados e acrescenta que as abordagens quantitativas sacrificam a compreensão do significado em troca do rigor matemático.
Seu perfil descritivo se atribui ao delineamento da realidade dos enfermeiros a cerca da assistência de enfermagem. Este perfil referido é compatível com os objetivos do estudo, tomando-se por base observações de Gil (2002 p.111) sobre pesquisas descritivas, o qual afirma que estas “tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno”.

4.2 Periodo e local da pesquisa

Este estudo foi desenvolvido no período de fevereiro a abril de 2010, nos Hospitais da região Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha que dispõem de serviço de terapia intensiva.
As UTI’s são os ambientes hospitalares que requerem de seus profissionais um nível de atenção e assistência dobrada e que cada um deve realizar suas atividades específicas, a fim de garantir um melhor atendimento às necessidades dos pacientes.
O município de Barbalha está localizada na região Sul Cearense, microrregião do Cariri. Fundada em 1876, está a 414m de altitude, 610 km distante de Fortaleza e em 2007 o IBGE estima a sua população em 49.274 habitantes. Tem clima semi-árido e os seguintes atrativos: Estância hidromineral com mais de 30 fontes, algumas formam piscinas naturais com águas hipotermais (IBGE, 2007).
Barbalha é considerada um pólo de medicina e também é um dos melhores do Nordeste, especialmente nas áreas de cardiologia, oncologia, nefrologia e neurologia. Devido à importância do setor para o município e ao grau de excelência dos serviços de saúde da cidade de Barbalha (CARIRIONLINE, acessado em 28 de abri 2010).
A cidade de Juazeiro do Norte está localizada no extremo Sul do Estado do Ceará, no chamado Vale do Cariri, distante cerca de 560 km de Fortaleza, pela BR 116. É a maior cidade do interior cearense, mas a área do município é de apenas 249 km2. A rede de assistência hospitalar foi dirigida durante muitos anos por hospitais particulares conveniados ao sistema único de saúde . O passo inicial para a formação da rede hospitalar municipal própria foi a construção do Pronto Socorro Municipal, onde hoje funciona o Hospital Tasso Jereissati, responsável pelo atendimento de urgência a adultos. Em seguida, houve a municipalização do Hospital São Lucas, hoje voltado para a saúde materno-infantil, sendo referência na áreas de pediatria e toco-ginecologia, possuindo uma UTI Neonatal. Em 2009, houve a intervenção municipal no Hospital Escola Santo Inácio - HESI, atualmente responsável pelos atendimentos de urgência nas áreas de cirurgia geral e traumatologia, ainda há uma enfermaria de clínica médica e uma UTI para adultos, e no Pronto Socorro Infantil do Cariri - PSIC (CARIRIONLINE, acessado em 28 de abri 2010).
O Crato tem uma rede hospitalar formada por cinco hospitais (Hospital e Maternidade São Francisco de Assis, Hospital São Miguel, Casa de Saúde Joaquim Bezerra de Farias, Hospital Manuel de Abreu e Casa de Saúde Santa Teresa, sendo este último hospital psiquiátrico), além de diversas clínicas especializadas e postos de saúde dispersados em vários pontos do município, atraindo uma grande demanda de cidades vizinhas bem como de outros estados limítrofes (IBGE, 2007).
A escolha das cidades e locais da pesquisa se dá em virtude do fácil acesso, já que as três cidades em destaque distam poucos quilômetros uma da outra. Em relação a escolha das UTI’s, se dá em virtude da quantidade, já que a região mostra uma riqueza grande em relação a saúde.

Foi enviado um ofício ao Hospital solicitando autorização para realização da pesquisa (APÊNDICE A), no qual constaram informações relativas ao estudo, tais como, objetivos, metodologia e aspectos éticos relacionados


4.3 População e amostra da pesquisa

A população foi constituída de 62 técnicos de enfermagem que prestam assistência nas Unidades de Terapia Intensiva (adulto, pediátrica e neonatal) na região CRAJUBAR, sendo desse montante a amostra composta de 51,61%, que equivale a 32 técnicos de enfermagem.
Critérios de inclusão: ser técnico de enfermagem, trabalhar na UTI, ter tempo de trabalho maior que dois anos e aceitar participar da pesquisa.
Critérios de exclusão: não ser técnico de enfermagem, não trabalhar em UTI, ter tempo de trabalho menor que dois anos e não aceitar participar da pesquisa.


4.4 Instrumento de coleta de dados


A coleta de dados foi realizada através de um formulário (APÊNDICE C) aplicada aos técnicos de enfermagem com questões norteadoras sobre assistência de enfermagem e funções especificas de cada classe a qual constitui por questões hierarquizadas de acordo com os objetivos propostos.
O participante assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE (APÊNDICE B), onde foram esclarecidos sobre a pesquisa a ser realizada e seus objetivos e foi anexado aos formulários pertinentes a cada usuário.

4.5 Aspectos éticos e legais da pesquisa

Os sujeitos do estudo foram informados quanto à natureza e objetivos da pesquisa, a manutenção da identidade e do sigilo das informações coletadas, além da liberdade de desligar-se da pesquisa em qualquer momento de sua execução, obedecendo assim os princípios da pesquisa que envolve seres humanos, por meio da Resolução Nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde - CNS (BRASIL, 1996).


4.6 Apresentação e análise dos resultados

A análise realizou-se através dos resultados obtidos pelo formulário coletado pelo pesquisador, e foram levados em consideração suas respostas relacionadas ao perfil do enfermeiro intensivista.



CONSIDERAÇÕES FINAIS


Procurando oferecer uma contribuição aos enfermeiros que atuam nas unidades de tratamento intensivo discorreu-se sobre seu papel neste espaço, procurando descrever e refletir sobre as principais atividades assistenciais e administrativas, procurando assim traçar o perfil do enfermeiro intensivista. O enfermeiro de UTI trabalha em um ambiente onde as forças de vida e morte, humano e tecnológico, encontram-se em luta constante, apesar de existirem vários profissionais que atuam na UTI. O enfermeiro é o responsável pelo acompanhamento constante, conseqüentemente possui o compromisso, dentre outros, de manter a homeostasia do paciente e o bom funcionamento da unidade.
O desenvolvimento deste estudo apontou que os técnicos de enfermagem sabem diferenciar o estilo de liderança exercido pelo enfermeiro. Identificaram que a maioria dos enfermeiros usam da liderança situacional, que em se falando de relacionamento interpessoal a maioria mantém um relacionamento com um certo grau de amizade entre alguns técnicos de enfermagem. No quesito assistencial, os participantes da pesquisa afirmam que o enfermeiro ainda deixa muito a desejar pois volta suas atividades para a área burocrata esquecendo da verdadeira função de sua profissão. O conhecimento técnico cientifico foi aprovado pela maioria dos participantes demonstrando que os enfermeiros da região CRAJUBAR-CE dominam as técnicas, bem como todos os conhecimentos necessários para se trabalhar numa UTI.
Pelo presente estudo de pesquisa, pode-se definir que o perfil do profissional enfermeiro intensivista sob a ótica dos técnicos da enfermagem é burocrata, situacional, portador de conhecimento técnico cientifico e mantedor de uma relação amigável e profissional entre os técnicos de enfermagem de sua equipe.
Acredita-se que o cuidar é a virtude da enfermagem e vê-se que o cuidar se estende muito além do toque humano, mas a verdadeira necessidade do cliente está exatamente nesse toque, no ouvir, no falar e no sentir.


REFERÊNCIAS


ALECRIM, J. S.; CAMPOS, L. F. Visão dos técnicos e auxiliares de enfermagem sobre o estilo de liderança do enfermeiro. 2009.


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APÊNDICES

APÊNDICE A

SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DA PESQUISA

Juazeiro do Norte-CE, ___/____ de 2010.

À Direção do Hospital ...............

Cumprimentamos V. Sª, ao mesmo tempo em que vimos através deste solicitar vossa autorização para a realização de uma pesquisa na Unidade de Terapia Intensiva desta Instituição. A presente pesquisa corresponde ao projeto intitulado: “PERFIL DO ENFERMEIRO INTENSIVISTA SOB A ÓTICA DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA REGIÃO CRAJUBAR” sob orientação da Profª. Esp. Andréa Couto Feitosa, tendo como objetivo Conhecer o perfil profissional do enfermeiro intensivista sob a ótica dos técnicos de enfermagem na região CRAJUBAR.
.

Cientes da vossa atenção e apoio, desde já somos gratos.



_________________________________________
Francisco Wellington dos Santos
Pesquisador



___________________________________________
Profª. Esp. Andréa Couto Feitosa
Orientadora






APÊNDICE B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Esta pesquisa intitula-se “Perfil do enfermeiro intensivista sob a ótica da equipe de enfermagem. Está sendo desenvolvida pelo discente Francisco Wellington dos Santos, sob orientação da Profª. Espec. Andréa Couto Feitosa, tendo como principal objetivo conhecer a visão dos técnicos e auxiliares de enfermagem a respeito do enfermeiro intensivista. A finalidade deste trabalho é tornar conhecedor e fonte de pesquisa esse trabalho a todos aqueles que desejem usá-lo como referência, bem como esclarecer os pensamentos da equipe de enfermagem acerca do enfermeiro de sua unidade. A sua participação na pesquisa é voluntária e, portanto o (a) senhor (a) não é obrigado (a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pela pesquisadora. Caso decida não participar do estudo, ou resolver a qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá nenhum dano.
As informações aqui solicitadas deverão ser respondidas com total veracidade onde serão codificadas e apresentadas como Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, e poderão ser apresentadas em eventos científicos, mantendo o sigilo e a integridade física e moral do indivíduo. A aplicação consiste em uma entrevista estruturada contendo duas partes. Na primeira, os dados sócio-econômicos e na segunda conterão questões pertinentes subjetivas ao tema abordado, mantendo integridade física e moral, sem causar desconforto físico. Não haverá nenhum ônus para o participante, e nos casos que sejam diagnosticados doenças ou situações que demonstrem a necessidade de atendimento específico, não serão de responsabilidade da pesquisadora e bolsista, os custos com o tratamento.
Diante do exposto, eu _____________________________________ declaro que fui devidamente esclarecido (a) e autorizo o meu consentimento para participar da pesquisa e para publicação dos resultados.
Juazeiro do Norte - CE, ___/___/__
______________________________________________________
Assinatura do Participante da Pesquisa ou Responsável Legal
Pesquisador: Francisco Wellington dos Santos
Endereço: Rua L 03, 214 - Fone: 9931-6690




APÊNDICE C

FORMULÁRIO

I - CARACTERIZAÇÃO DO PARTICIPANTE:
Sexo: M ( ) F ( )
Idade¬¬¬¬: _____anos
Estado civil:
Escolaridade: _____________________________


II - CARACTERIZAÇÃO DO SERVIÇO

Turno de trabalho: Manhã ( ) Tarde ( ) Noite ( )
Possui outro serviço: Sim ( ) Não ( )
Se sim, qual o horário?________________________________________________
Há quanto tempo trabalha nesta instituição hospitalar? __________

Sabe diferenciar as funções do enfermeiro com a do técnico de enfermagem?
Sim ( ) Não ( )

O enfermeiro de sua unidade realiza assistência de enfermagem direta ao paciente?
SIM ( ) Se sim, marque quais os procedimentos
( ) Cateterismo vesical
( ) Sondagem Nasogástrica
( ) Sondagem nasoenteral
( ) Curativos de alta complexidade
( ) Outros: _______________________________________________________

NÃO ( ). Se não, explique o por quê?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________

O enfermeiro de sua unidade demonstra conhecimento técnico-científico na área da enfermagem?
SIM ( ) NÃO ( )

Como é a forma de liderança do enfermeiro?
Autoritária ( ) Democrática ( ) Depende da situação ( )

Como é o relacionamento entre técnicos de enfermagem e o enfermeiro?
( ) Inteiramente profissional
( ) Com um certo grau de amizade
( ) Outros. Cite:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Existem preferências de técnicos de enfermagem por parte do profissional enfermeiro?
( ) SIM
( ) NÃO

Se sim, fale como essas diferenças podem ser percebidas pelos outros técnicos de enfermagem

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Apresentação




Olá pessoal, sou enfermeiro especialista e resolví criar este blog para que possamos trocar conhecimentos e outras idéias. Aqui poderemos compartilhar artigos cientificos ou caminhos para encontrá-los.